Função Pública/Funcionários Públicos

A greve é um direito que assiste a qualquer trabalhador para mostrar o seu descontentamento. É obvio que o congelamento de salários, provoca perca de poder de compra .
Quando a questão e colocada assim, todos estamos de acordo no aumento dos salários, só que o dinheiro tem de vir de algum lado. Ele não cai do céu!
Quem pertence ao sector privado sabe, quando as vendas decrescem, as empresas entram em dificuldades financeiras. Como não podem deixar de pagar a fornecedores , impostos e outras despesas fixas de produção, o empresário ou congela ordenados para manter pessoal ou despede trabalhadores.
Na Função Pública acontece que o Estado, para poder conter a despesa corrente e equilibrar as contas públicas, não pode aumentar salários!
A competitividade do País ao nível Europeu reflecte-se no peso dos salários no PIB relativamente aos outros Países da União Europeia.
Quando todos pretendem que se baixe os impostos, pergunto: - Onde se vai buscar o dinheiro para o aumento de salários na Função Pública?
Então há outra solução, é diminuir o numero de Funcionários Públicos, para os restantes não perderem o poder de compra. Só que os vínculos laborais na função pública são tão rígidos que é impossível despedir quem não trabalha ou finge que trabalha . Quem fica penalizado com isso, obviamente que são os FP competentes.
Mas como os Sindicatos sabem disso, fazem propostas irrealistas para justificarem a convocação de greves, sendo nestes últimos anos o sector que mais greves fez, como se eles não fossem, os que mais garantias têm de receber o salário certo, todos os fins do mês.